Incidência de Alterações da Microbiota (Vaginose) por Gardnerella vaginalis em Mulheres Sexualmente Ativas

Autores

  • Millena Pereira Xavier Universidade Federal do Tocantins
  • Thaynnara Almeida de Carvalho Centro Universitário UnirG Gurupi/TO
  • Bruno Nunes do Vale Centro Universitário UnirG
  • Anderson Franco Villas Boas Centro Universitário UnirG

Palavras-chave:

Incidência. Vaginose bacteriana. Gardnerella vaginalis.

Resumo

A vaginose por Gardnerella vaginalis é responsável por grande parte das consultas ginecológicas, causando incômodos sintomatológicos como corrimentos vaginais e odor fétido, sendo que, sintomas combinados como prurido, dispareunia e disúria são poucos diagnosticados em mulheres com essa doença. O objetivo principal desse estudo foi mapear o índice de mulheres entre 15 e 50 anos que possuíam Vaginose Bacteriana por Gardnerella vaginalis no Ambulatório da UNIRG da cidade de Gurupi – TO, verificando a porcentagem de mulheres que possuem Vaginose Bacteriana através de exames clínicos e exames laboratoriais. O conhecimento desses aspectos é importante para a prevenção e o tratamento da patologia estudada. O instrumento utilizado para a coleta de dados foram os prontuários médicos de 100 pacientes atendidas no local analisado. Os resultados demonstraram que 32% das pacientes estudadas foram diagnosticadas com a presença da patologia, em evidência por meio do exame clínico ou laboratorial, verificando que as suspeitas da doença em algumas mulheres foram confirmadas por meio do tratamento em que foram submetidas. No entanto, os fatores sociodemográficos evidenciados nessa pesquisa como: idade, estado civil, paridade e escolaridade não demonstraram nenhuma relação significativa com a incidência de Vaginose Bacteriana por Gardnerella vaginalis. Já a utilização de antibióticos, duchas vaginais ou produtos desodorantes, as fases do ciclo menstrual, a gestação, a menopausa, a higienização precária da genitália, cremes vaginais mal utilizados, relações sexuais com diferentes parceiros e a introdução de Dispositivos Intrauterinos, são fatores que contribuem para o surgimento da patologia em evidência.

 

Biografia do Autor

Millena Pereira Xavier, Universidade Federal do Tocantins

estranda em Gestão de Políticas Públicas pela Universidade Federal do Tocantins (UFT).Especialista em Gestão em Saúde (2013) pela Universidade Federal do Tocantins (UFT). Farmacêutica Generalista (2010) pelo Centro Universitário UnirG. Atualmente exerce a função de Assessora da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação do Centro Universitário UnirG.

Thaynnara Almeida de Carvalho, Centro Universitário UnirG Gurupi/TO

Graduada em Farmácia Generalista pelo Centro Universitário UnirG Gurupi/TO

Bruno Nunes do Vale, Centro Universitário UnirG

Mestre em Ciências Farmacêuticas pela Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto- Universidade de São Paulo FCFRP-USP- Ribeirão Preto/SP; graduado em Farmácia - Análises Clínicas pela Universidade Estadual de Goiás-UEG-Goiânia/GO. Docente Faculdade de Farmácia do Centro Universitário UnirG Gurupi/TO; docente da Faculdade do Norte Goiano-FNG-Porangatu-GO

Anderson Franco Villas Boas, Centro Universitário UnirG

Graduado em Farmácia Bioquímica pela Universidade Federal de Juiz de Fora (1990), especialista em Citopatologia do Colo Uterino pelo Hospital das Forças Armadas em Brasília (HFA - 1998) e graduação em Nursing Assistant - Commonwealth Nursing Services, Inc. USA (2003). E-mail:

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Publicado

2018-12-12

Como Citar

XAVIER, M. P.; DE CARVALHO, T. A.; DO VALE, B. N.; VILLAS BOAS, A. F. Incidência de Alterações da Microbiota (Vaginose) por Gardnerella vaginalis em Mulheres Sexualmente Ativas. Revista Eletrônica de Ciências Humanas, Saúde e Tecnologia, Goiás, Brasil, v. 1, n. 11, p. 13–27, 2018. Disponível em: https://revista.fasem.edu.br/index.php/fasem/article/view/103. Acesso em: 3 dez. 2024.