O PAPEL DA MÍDIA E A CULPABILIZAÇÃO DA VÍTIMA EM CASOS DE FEMINICÍDIO
ANÁLISE DO CASO ELOÁ CRISTINA
Palavras-chave:
Feminicídio, Violência conta a Mulher, Gênero, Mídia, Agressor, SociedadeResumo
O alto índice de feminicídio e violência contra a mulher presente em toda a sociedade demonstra o quanto a desigualdade de gênero é extremamente prejudicial para a população feminina, não só no Brasil, mas em todo o mundo. Os crimes contra as mulheres continuam sendo romantizados de forma exagerada pelos meios de comunicação, vendidos como mercadorias e entretenimento. Por meio disso, o presente estudo busca apontar como problemática a culpabilização da vítima pela mídia nesses casos. Em especial, analisar o crime cometido contra a jovem Eloá Cristina, que teve sua vida tirada pelo ex-namorado, tornando todo o caso um espetáculo divulgado pelos jornais da época, onde seu sequestro e posterior assassinato foram transmitidos ao vivo, com as atenções de todo o país voltadas para a televisão. Isto posto, poderá considerar-se que a mídia com seu amplo grau de influência é uma instituição informal do sistema judicial, que condena e declara inocência. Portanto, o trabalho realizado discute sobre os problemas causados pela atuação sensacionalista e patriarcal ao noticiarem casos de feminicídio e violência de gênero na sociedade, o rebaixamento da condição da mulher, extremada pela violência e morte, inserida na cultura de dominação masculina. A vasta bibliografia, bem como, a pesquisa qualitativa e o método histórico, comprovam que a mídia e a sociedade não abordam essas questões de maneira coerente e humanizada.
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